Um jogo de loucos cheio de golos e reviravolta
Viola FC e Bro Tá Fogo entraram em campo com muito mais do que três pontos em jogo. Ambas as equipas vivem semanas decisivas, lutando ombro a ombro para fugir à temida zona de despromoção. Cada jogada, cada golo e cada erro podiam significar a diferença entre respirar aliviado ou afundar ainda mais na tabela. Num confronto direto cheio de nervos, vontade e orgulho, nenhuma das formações podia dar-se ao luxo de vacilar — e o resultado foi um espetáculo de intensidade, coração e puro instinto competitivo.
O jogo começou com o Bro Tá Fogo a impor-se com autoridade, mostrando desde cedo uma equipa bem organizada e concentrada. Logo nos primeiros minutos, António Serrano abriu o marcador com um golpe de cabeça perfeito — subiu mais alto que todos e desviou com precisão após um canto milimétrico de Manuel Sampaio. Um golo de escola, daqueles que levantam o estádio e colocam a equipa logo na frente.1-0! O domínio continuou, e as oportunidades não faltaram:Francisco Macedo ameaçaram com remates perigosos, mostrando que o Bro Tá Fogo queria mais. E conseguiu. Antes do intervalo, Manuel Sampaio voltou a brilhar — recebeu à entrada da área e disparou um remate forte, seco, que deixou o guarda-redes sem reação. Um golo de pura potência e convicção, que fez o 2–1 ao intervalo e consolidou a vantagem da equipa da casa.
Na segunda parte, o Bro Tá Fogo manteve o pé no acelerador. Miguel Bandos, com espaço e confiança, arriscou de longe e acertou um verdadeiro míssil no canto superior — um golo de levantar o público das cadeiras, o 3–1 que parecia encaminhar a vitória. Pouco depois, Zé Pereira juntou o seu nome à festa: recebeu dentro da área, dominou com classe e finalizou com um toque preciso, fazendo o 4–1. O golo parecia selar o resultado — mas o futebol, como sempre, tinha outros planos.Os Viola FC, cheios de alma, começaram a reagir. Frederico Machado, incansável, reduziu para 4–2 com um golo de raça e técnica, aparecendo no momento certo para empurrar a bola para o fundo das redes e reacender a esperança. O ímpeto dos visitantes cresceu, e Pedro Vieira, após um passe de génio de Duarte Silva, surgiu isolado e finalizou com calma, colocando o 4–3 no marcador. O jogo, que parecia decidido, tornava-se agora um turbilhão de emoção.E quando o relógio já corria contra os Viola FC, veio o golpe final: Tomás Fernandes, no sítio certo, completou a reviravolta emocional da tarde. Um toque rápido, certeiro, que fez o 4–4 e silenciou a bancada local por um instante. Um golo que valeu como um grito de alma — o golo da justiça num jogo cheio de entrega, luta e espetáculo.
O empate 4–4 entre Bro Tá Fogo e Viola FC resume perfeitamente a intensidade e a imprevisibilidade deste duelo. Bro Tá Fogo começou forte, com golos bem construídos de António Serrano, Manuel Sampaio, Miguel Bandos e Zé Pereira, mostrando qualidade técnica e capacidade de finalização. Por outro lado, os Viola FC não se deixaram abater, reagindo com golos de Frederico Machado, Pedro Vieira e o decisivo milagre de Tomás Fernandes, provando determinação e espírito de equipa até ao último minuto.No fim, o resultado reflete o equilíbrio entre emoção, talento individual e garra coletiva, deixando claro que qualquer vitória poderia ter caído para ambos os lados. Um jogo vibrante, cheio de reviravoltas, que ficará na memória de quem assistiu.
 
 Por Rodrigo Farran
por Pedro Chantre