Estrasborga protagoniza reviravolta monumental e derrota Tiki Taka Ninja por 3-2!
O Estrasborga assinou uma das exibições mais emocionantes da época ao derrotar o campeão Tiki Taka Ninja por 3-2, numa partida que teve intensidade máxima, domínio alternado, grande qualidade técnica e um clímax de pura resiliência por parte da formação francesa. Aquilo que começou com uma vantagem confortável para o Tiki Taka transformou-se, ao longo dos 50 minutos, numa recuperação extraordinária do Estrasborga, que provou ser uma das equipas mais competitivas da liga, com Francisco Madureira em destque sendo o MVP deste jogo épico.
A entrada no jogo foi dominada pelo Tiki Taka Ninja, cuja confiança de campeão rapidamente se traduziu em controlo territorial e nas primeiras oportunidades claras. Logo nos instantes iniciais, Juan San Martin tentou marcar um livre direto forte, mas a bola saiu por cima. Pouco depois, Tiago Mendes encontrou espaço no corredor direito e rematou cruzado, atingindo a malha lateral e deixando o Estrasborga em alerta. A formação francesa tardava em entrar no jogo e tinha dificuldades em sair da pressão alta imposta pelo adversário. Ainda assim, conseguiu responder pontualmente através das iniciativas de Francisco Madureira, que esteve perto de marcar após um cruzamento bem medido. O guarda-redes Joaquim Matos, no entanto, mostrou desde cedo que seria uma figura importante do encontro, defendendo com segurança. Mesmo com os pequenos sinais de resposta do Estrasborga, o Tiki Taka Ninja acabou por justificar a vantagem. Num lance de construção muito bem trabalhado, Juan San Martin, com uma visão notável, serviu Pedro Gomes, que finalizou com grande potência para o 1-0. O campeão não tirou o pé do acelerador e chegou ao 2-0 pouco depois: um erro na saída de bola francesa permitiu a recuperação de Juan San Martin que, sem hesitar, rematou fortíssimo e aumentou a vantagem, deixando o Estrasborga numa posição difícil.A formação azul ainda sofreu mais um susto antes do intervalo, quando Joaquim lançou longo para San Martin aparecer novamente com perigo, mas desta vez o remate saiu muito por cima.
Se a primeira parte mostrou o domínio e a eficácia dos campeões, a segunda trouxe uma transformação absoluta da equipa francesa. O Estrasborga regressou ao campo com uma atitude radicalmente diferente: mais agressivo na pressão, mais rápido na circulação e muito mais objetivo no ataque.A primeira grande ameaça surgiu dos pés de Francisco Madureira, que rematou cruzado com perigo, mas encontrou Tiago Mendes atento, cortando a bola no momento exato. Do lado do Tiki Taka, San Martin e Luís Martins continuavam a criar perigo, obrigando o guarda-redes francês a intervenções de grande qualidade para manter a equipa viva.Foi então que começou a avalanche azul. Tomás Faria protagonizou um momento de pura inspiração: tirou dois adversários do caminho, conduziu pelo meio com elegância e rematou colocado para o 2-1, reduzindo a desvantagem e reacendendo por completo o jogo.Com o golo, o Estrasborga cresceu de forma impressionante. A equipa francesa passou a dominar a posse e a recuperar bolas com frequência no meio-campo ofensivo. Esse ímpeto resultou no empate: Martim Alves, após recuperar a bola numa zona adiantada, atirou colocado e certeiro, fazendo o 2-2 e inflamando a partida.O Tiki Taka Ninja ficou atordoado com a resposta francesa e, apesar de continuar a procurar San Martin para acelerar as transições, encontrou pela frente um guarda-redes francês absolutamente intransponível, que defendeu tudo o que aparecia — remates rasteiros, cruzamentos tensos, bolas desviadas… tudo. Com o jogo completamente partido e emocional, chegaria o momento decisivo.
Num livre direto à entrada da área, Francisco Madureira assumiu a bola, respirou fundo e bateu com enorme precisão. A bola ultrapassou a barreira e morreu no canto inferior, consumando a reviravolta: 3-2 para o Estrasborga. Os minutos finais foram de sofrimento para a formação francesa, que teve de resistir ao último fôlego ofensivo do Tiki Taka Ninja. Ainda assim, manteve organização, maturidade e frieza para segurar uma vitória absolutamente épica.
O apito final selou uma das melhores reviravoltas da época e uma demonstração de força, personalidade e qualidade da formação francesa.
por Vasco Côrte-Real