Jogo

Liga B2, 2025-10-20 às 21:00 @ São Miguel

Nota do árbitro: 3

Man ChestHair United vs Rosenborga

Emoção até ao fim num duelo de ambições distintas

O duelo entre Rosenborga e Man Chesthair United prometia desde o apito inicial. A equipa da casa procurava um triunfo que a colocasse no tão ambicionado top 2 da tabela, enquanto o Man Chesthair United queria fugir à monotonia do meio da classificação e provar que pode lutar por mais. Em campo, o resultado foi um jogo intenso, equilibrado e cheio de momentos de pura emoção — daqueles que prendem o público até ao último segundo.

O encontro começou a todo o gás, com as duas equipas a mostrarem garra e vontade de mandar no jogo. Ainda assim, quem entrou mais determinado foi o Man Chesthair United. Leandro Várzeas protagonizou uma jogada individual brilhante — driblou dois adversários com classe, entrou na área e, com um toque preciso, assistiu Nuno Oliveira, que só teve de empurrar para o fundo da baliza. Estava feito o 1–0, e o golo deu confiança aos visitantes.Pouco depois, o próprio Nuno Oliveira voltou a criar perigo, num remate cruzado que passou a centímetros do poste. Parecia que o Man Chesthair ia dominar por completo, mas o Rosenborga reagiu com a garra de quem não aceita ser mandado no seu próprio terreno. João Caldeira descobriu um passe perfeito entre linhas e João Simões apareceu no momento certo para finalizar com categoria, restabelecendo a igualdade em 1–1. O golo levantou a equipa e o público, devolvendo o equilíbrio ao jogo antes do intervalo.

A segunda parte começou com o mesmo ritmo intenso, mas foi o Man Chesthair United quem voltou a entrar melhor. Pedro Galvão, num remate de meia distância de pura qualidade, colocou novamente os visitantes em vantagem — um grande golo que deixou o guarda-redes pregado ao relvado. 2–1 e nova explosão de entusiasmo no banco visitante.A partir daí, o Rosenborga assumiu o controlo total. Tomás Jorge começou a testar a atenção do guarda-redes adversário com remates perigosos, e Miguel Lopes ganhou destaque nos lances aéreos, criando verdadeiro pânico na defesa contrária. A pressão era constante, e o golo parecia estar no ar.Já perto do apito final, quando o relógio corria contra o tempo, o Rosenborga teve um canto a seu favor — e foi aí que surgiu o momento decisivo. André Matos, com calma e precisão, cruzou tenso para o primeiro poste, onde Miguel Lopes se antecipou a toda a defesa e cabeceou com força para o fundo das redes. Um golo de raça e oportunismo, que fez o estádio explodir de alegria e selou o empate em 2–2.

Um resultado justo para um jogo de nervos, entrega e ambição, em que o Man Chesthair United mostrou evolução, e o Rosenborga provou que tem alma de candidato. Futebol puro — intenso, competitivo e imprevisível, exatamente como deve ser.

Por Rodrigo Farran

por Pedro Chantre