Nutingame não perde comboio do título
O encontro entre Shaktar Desonesto e Nutingame prometia intensidade, especialmente pela forma agressiva como ambas as equipas abordam os duelos individuais. O jogo acabou por ser marcado por momentos de enorme emoção, cortes em cima da linha, grandes defesas e uma eficácia notável por parte da equipa inglesa.
O marcador abriu cedo a favor da equipa inglesa, através de uma grande penalidade. Duarte Roxo, extremamente sereno, optou por um remate simples e eficaz, colocando a bola perto do centro da baliza e fazendo o 1-0. A resposta do Shaktar Desonesto foi imediata através de Rodrigo Ramalho que esteve muito perto do empate em duas ocasiões consecutivas. Primeiro, com um remate em arco de fora da área ao poste mais distante, obrigando Ricardo Mocho a uma defesa em voo. Depois, na sequência do canto, Ramalho voltou a aparecer no sítio certo e cabeceou forte, mas um defesa inglês salvou em cima da linha num corte decisivo.O Nutingame voltou a ameaçar num contra-ataque rapidíssimo. Gonçalo Andrade progrediu pelo flanco esquerdo e serviu novamente Duarte Roxo, que já tinha ultrapassado o guarda-redes, mas viu José Tomás surgir no momento perfeito para cortar sobre a linha aquele que parecia um golo certo.
A segunda metade iniciou-se de forma mais pausada, com ambas as equipas a revelarem dificuldades em criar perigo real. Num lance que parecia inofensivo, Filipe Santos (estrangeiro) colocou uma bola longa nas costas da defesa. Aproveitando o adiantamento do guarda-redes adversário, Duarte Roxo fez um toque subtil de cabeça e ampliou para 2-0.Pouco depois, a equipa inglesa voltou a ser letal em transição. André Faria ficou isolado perante o guarda-redes e, com enorme calma, rematou forte e colocado de pé esquerdo, assinando o 3-0 e fechando praticamente o encontro.
O Nutingame mostrou uma organização ofensiva simples mas extremamente eficaz, capitalizando cada erro e cada espaço concedido pelo Shaktar Desonesto. A equipa portuguesa teve oportunidades claras para empatar ainda na primeira parte, mas encontrou um guarda-redes inspirado e uma defesa sempre atenta nos momentos críticos. No segundo tempo, a capacidade inglesa de explorar o espaço foi decisiva para construir uma vitória clara por 3-0, num jogo onde a frieza e a eficácia falaram mais alto.
por Pedro Chantre