Ucranianos levam os 3 pontos
O encontro entre Botagelo e Shaktar Desonesto colocava em campo duas equipas com ambições distintas mas igualmente urgentes. O Botagelo procurava desesperadamente sair da zona de despromoção, enquanto o Shaktar Desonesto queria continuar a subir na tabela para se aproximar dos lugares de promoção à divisão superior. O jogo prometia emoção — e entregou exatamente isso: um verdadeiro espetáculo de golos, intensidade e reviravoltas.
O jogo começou com ritmo elevado, e logo nos primeiros minutos o Botagelo mostrou que vinha determinado. Pedro Silva criou a primeira grande oportunidade com um remate forte à entrada da área, mas o guarda-redes do Shaktar Desonesto respondeu com uma excelente defesa.A insistência deu frutos pouco depois: Tomás Martins, do Botagelo, recebeu a bola à entrada da área, ajeitou e disparou com precisão, colocando a bola no canto inferior e fazendo o 1-0 para a equipa da casa.O segundo golo não demorou muito. Num lance de grande qualidade, Rodrigo Ferro (estrangeiro) fez um passe milimétrico para Manuel Gata, que com muita frieza e classe picou a bola por cima do guarda-redes, ampliando para 2-0 — um golo de belo efeito que fez levantar os adeptos do Botagelo.O Shaktar Desonesto, contudo, reagiu. Nuno Cunha foi derrubado dentro da área, conquistando uma grande penalidade. Chamado a converter, o próprio Nuno Cunha não vacilou e, com frieza, reduziu para 2-1.Logo depois, Diogo Freitas, do Botagelo, tentou restabelecer a vantagem de dois golos com um remate potente, mas o guarda-redes voltou a estar à altura. No entanto, na jogada seguinte, o mesmo Diogo Freitas brilhou: com um grande lance individual, deixou um adversário para trás e rematou colocado, metendo a bola no ângulo e fazendo o 3-1 — um verdadeiro golaço.Mesmo assim, o Shaktar Desonesto não baixou os braços. Depois de uma sequência confusa de ressaltos dentro da área, a bola sobrou para Jaime Passos, que aproveitou o erro defensivo e empurrou para o 3-2, resultado com que terminou a primeira parte.
A Segunda Parte começou com o Shaktar Desonesto a todo o gás, mostrando claramente que queria virar o jogo. A equipa visitante subiu as linhas, pressionou alto e criou dificuldades à saída de bola do Botagelo. Essa pressão resultou em novo penálti, novamente conquistado após uma incursão de Nuno Cunha, que voltou a assumir a responsabilidade e não falhou — empatando a partida em 3-3.O golo deu ainda mais confiança ao Shaktar, que começou a dominar a posse de bola e a encurralar o Botagelo no seu meio-campo. O Botagelo, por sua vez, tentava responder em contra-ataque. Diogo Freitas, que já tinha marcado, voltou a aparecer com perigo, desta vez com um forte remate de fora da área, mas a bola passou rasando o travessão, num lance que fez gelar o banco do Shaktar.O ritmo era frenético. O Shaktar parecia mais fresco fisicamente e foi acumulando perigo junto da área adversária.Um cruzamento tenso vindo da direita criou confusão na área do Botagelo: a bola sofreu vários ressaltos, ninguém conseguiu afastar e, no meio do caos, Diogo Freitas, infeliz, acabou por desviar a bola para a própria baliza, assinando o auto-golo que virou o marcador para 4-3 a favor do Shaktar Desonesto.Nos minutos finais, o Botagelo lançou-se com tudo para o ataque em busca do empate. Tomás Martins tentou novamente o remate de fora da área, mas o guarda-redes defendeu com segurança. Já nos descontos, Rodrigo Ferro ainda cruzou perigoso para Manuel Gata, mas o avançado não conseguiu o desvio final.
Com o apito final, o Shaktar Desonesto confirmou a remontada épica e somou três pontos cruciais na luta pela subida. Já o Botagelo, apesar da boa exibição e dos belos golos, volta a perder terreno e continua em situação delicada na tabela.
Por Rodrigo Farran
por Pedro Chantre