Jogo

Divisão Allstars, 2025-12-16 às 23:00 @ CIF

Nota do árbitro: 4

2 - 0

100201

MVP: Afonso Pinho

FC Famaligato vs P´Mouth FC

Noite épica de Allstars, Famaligato vence mas o campeão decide-se nos pormenores

Noite grande de Divisão Allstars, com três equipas a entrarem em campo empatadas no topo da tabela para decidir o campeão. Famaligato, P’Mouth e Aston Billa lutavam pelo troféu numa combinação rara de contas, confrontos diretos e disciplina. O Aston Billa levava vantagem no confronto direto com o P’Mouth, enquanto o Famaligato tinha igualdade nesse critério mas partia em desvantagem no número de cartões amarelos. Assim, uma vitória do Billa só não lhe daria o título caso o Famaligato vencesse e terminasse a noite com menos cartões, cenário que colocava cada duelo, cada falta e cada decisão disciplinar sob uma pressão enorme. Bancadas cheias, ambiente elétrico e sensação clara de que a Divisão Allstars ia viver uma das noites mais marcantes da sua história.

A primeira parte começou com o P’Mouth a assumir mais riscos e a tentar empurrar o jogo para o meio campo adversário. O primeiro lance de perigo surgiu quando Francisco Pignatelli aproveitou uma desatenção defensiva e tentou surpreender de canto direto, mas Joaquim Matos (estrangeiro) respondeu com atenção entre os postes. O jogo seguia extremamente disputado, com as duas equipas muito concentradas, muitos duelos e pouca margem para erro. O primeiro remate enquadrado apareceu num disparo de fora da área de Manuel Serrador, novamente defendido por Joaquim Matos (estrangeiro). Pouco depois surgiu um momento que podia ter mudado a história do jogo e do campeonato. Rodrigo Cristóvão cometeu grande penalidade sobre António Costa Quinta, e na cobrança Francisco Pugnatelli tentou bater em força mas atirou por cima da baliza numa oportunidade soberana desperdiçada. O P’Mouth manteve-se por cima e voltou a ficar perto do golo quando Francisco Pignatelli arriscou de muito longe e acertou em cheio na barra. Na jogada seguinte foi Francisco Demony a surgir pela esquerda, puxou para o pé esquerdo e soltou uma bomba que obrigou Joaquim Matos (estrangeiro) a uma grande defesa antes da bola ainda bater no poste. Ainda antes do intervalo, novo lance perigoso dos ingleses, com Francisco Pignatelli a liderar um dois contra um, mas a decidir mal no momento final e a permitir um corte decisivo de Afonso Pinho. Intervalo 0-0 num jogo em que o P’Mouth já justificava vantagem, enquanto no outro jogo o Aston Billa vencia por 3-1 e assumia provisoriamente o comando da corrida ao título.

A segunda parte manteve o mesmo tom dramático e intenso. Logo a abrir, o P’Mouth voltou a estar muito perto do golo, Francisco Demony trabalhou bem pela esquerda, a bola sobrou no coração da área e o remate surgiu, mas quando o golo parecia inevitável apareceu Francisco Pereira a dar o corpo às balas e a cortar em cima da linha, num lance de sacrifício total. E quando o jogo parecia pender para os ingleses, surgiu o momento que desbloqueou o marcador. Lançamento longo de Rodrigo Cristóvão , a bola seguiu em direção da baliza e Bernardo Pile, ao tentar agarrar, acabou por entrar com a bola dentro da baliza, fazendo o 1-0! Um autogolo do capitão dos ingleses que deixou o público em êxtase e reacendeu a esperança do Famaligato. Pouco depois, o jogo ganhou contornos ainda mais dramáticos quando Francisco Demony foi expulso por agressão, deixando o P’Mouth reduzido a menos um num momento decisivo. Aproveitando a superioridade numérica, o Famaligato chegou ao 2-0 na sequência de um canto, com António Veiga a aparecer solto e a cabecear para o fundo das redes, fazendo o 2-0! O Famaligato fazia a sua parte, vencia com autoridade e colocava enorme pressão sobre o desfecho no outro campo.

No apito final, o Famaligato cumpriu o seu dever e venceu o P’Mouth, mas o futebol mostrou mais uma vez a sua face mais cruel. Apesar da vitória, a formação perdeu o título devido à desvantagem disciplinar, já que o Aston Billa confirmou o seu resultado e sagrou-se campeão da Divisão Allstars. Uma noite inesquecível, cheia de emoção, drama, sacrifício e decisões no limite, onde se percebeu porque a Divisão Allstars é o palco maior da competição.

Por Miguel Henriques

por Pedro Chantre