Golos e tensão até ao último suspiro
O confronto entre P’Mouth e Unita Iraque prometia intensidade desde o apito inicial, juntando duas equipas conhecidas pelo ritmo elevado e pela forma direta como abordam cada jogada. O encontro não desiludiu: teve golos, erros, momentos individuais de qualidade e um desfecho apenas fechado nos instantes finais.
A primeira grande ocasião pertenceu à equipa inglesa, com Francisco Demony a fazer o seu movimento característico: fletiu da esquerda para o meio e rematou forte ao primeiro poste, obrigando Tiago Espada a uma excelente intervenção. Mas seria a Unita Iraque a inaugurar o marcador. Rafael Gonçalves, sem hesitar, disparou de fora da área com enorme potência e surpreendeu o guardião inglês, colocando o 1-0.A resposta do P’Mouth foi imediata, com Manuel Serrador a aproveitar uma bola perdida à entrada da área para rematar forte, numa tentativa que passou muito perto do poste direito. Pouco depois, a igualdade chegou mesmo. Dentro da área, João Santos encontrou espaço entre os defesas e finalizou com força e colocação, fazendo o 1-1.A reviravolta surgiria num momento de grande qualidade coletiva após uma recuperação alta, Demony serviu Francisco Pignatelli com um passe picado, e este, frio e eficaz como sempre perante Tiago Espada, rematou cruzado para o 2-1. A equipa inglesa ainda ampliaria a vantagem antes do intervalo, num cruzamento venenoso para o segundo poste, onde apareceu Francisco Demony a encostar para o 3-1.
O segundo tempo começou com uma boa iniciativa ofensiva do P’Mouth. Bernardo Pile lançou Francisco Pignatelli , que ganhou a bola junto à linha de fundo e, apesar do ângulo reduzido, rematou forte, obrigando Tiago Espada a mais uma grande defesa. Logo a seguir, António Quinta colocou um cruzamento milimétrico na cabeça de Vasco Neves, que cabeceou com enorme potência, mas acertou em cheio na trave.A Unita Iraque acabaria por reduzir num lance infeliz para o P’Mouth: ao tentar sair a jogar, João Santos efetuou um passe traiçoeiro que acabou por enganar Bernardo Pile, fazendo o 3-2. O P’Mouth tentou responder de imediato, com Pignatelli a fletir para dentro e a rematar forte, vendo novamente Tiago Espada intervir com qualidade e defender para canto. Pouco depois, Pignatelli voltou a isolar-se após bater o seu marcador direto, mas rematou à figura do guarda-redes.Já nos instantes finais, com a Unita totalmente projetada no ataque à procura do empate, o P’Mouth recuperou a bola e lançou a transição rápida. Miguel Pile encontrou Francisco Pignatelli isolado e este, desta vez, não desperdiçou, fechando o resultado em 4-2.
O P’Mouth mostrou eficácia nos momentos-chave e frieza nas transições, conseguindo controlar o marcador e responder sempre que o jogo ameaçava complicar-se. Já a Unita Iraque demonstrou espírito combativo e capacidade para criar perigo, mas pagou caro alguns erros defensivos e o desnorte final ao procurar o empate. O 4-2 ajusta-se ao que se viu em campo, num jogo cheio de energia, intensidade e excelentes ações individuais.
por Pedro Chantre