Jupiter afirma-se como aspirante ao título
Já com metade da época jogada, o Famaligato situava-se no topo da tabela, com o Jupiter a cheirar os seus calcanhares. Tudo prometia um duelo emocionante entre estas duas enormes equipas e os visitantes surpreenderam com uma performance que ficou marcada pela eficácia e frieza nos momentos importantes.
Excelente entrada de ambas as equipas no jogo para mostrar que este iria ser um duelo com muita intensidade e muitas oportunidades para os dois lados. O Jupiter entrou bem e a pressionar alto nos momentos certos, mas estava difícil intimidar a equipa da casa, devido à sua organização e ao talento individual. A primeira ameaça veio por parte dos visitantes, depois de uma boa arrancada de Rodrigo Remondes pelo lado esquerdo, o extremo rematou muito forte, mas a bola passou ao lado do alvo. Pouco depois, quem tentou a sua sorte foi o capitão, Afonso Maya Seco, com um cabeceamento forte que obrigou João Barbosa a intervir. Ambas as equipas continuavam muito organizadas e ninguém estava pronto para tomar a iniciativa, com medo de escorregar. Depois de muito tempo com a posse de bola a variar entre as duas formações, o Famaligato conseguiu finalmente criar perigo: depois de uma boa sequência de remates e após uma primeira tentativa de Rodrigo Santos não ser concretizada, a bola sobrou para António Veiga que rematou rasteiro e testou finalmente Rodrigo Coelho, mas sem grande perigo porque o remate saiu rasteiro, à figura e por isso o guardião encaixou bem. Até ao intervalo, não houve mais oportunidades e o jogo estava com escassez de lances perigosos, devido a tudo o que estava em jogo.
No segundo tempo, a primeira ameaça não demorou a surgir, depois de muita insistência no último terço por parte do Famaligato e algumas tentativas de remate, a bola sobrou em Pedro Bonneville, que muito bem posicionado, rematou colocado, mas a bola passou ao lado do poste. A equipa da casa não demorou muito até voltar a ameaçar e o golo esteve à vista num míssil que saiu dos pés de David Rosário, mas deixou só o aviso porque passou por cima da baliza. A máquina estava a começar a carburar e a equipa da casa estava já com muita confiança. Quem voltou a causar perigo foi Rodrigo Santos, num livre batido com muita força, mas que mais uma vez, não acertou no alvo. A superioridade dos homens de azul e amarelo era evidente, mas a pontaria não estava afinada, o que poderia trazer consequências no futuro. Uma das melhores oportunidades surgiu num excelente passe em profundidade de Bonneville até David que poderia ter tentado a finalização, mas decidiu assistir Rodrigo Cristóvão que estava a aparecer ao seu lado e o passe saiu com demasiada força e não chegou ao destinatário. Quem voltou a causar perigo foi a equipa da casa, num excelente cruzamento de Manuel Magalhães Carneiro até Veiga que ganhou nas alturas e cabeceou com muita força, mas Rodas estava bem posicionado e conseguiu defender para canto. Tal como o Júpiter nos habituou ao longo dos anos, não é preciso estar por cima para marcar e foi mesmo isso que aconteceu: Depois de Guilherme Caetano acreditar até ao fim numa jogada que não parecia sequer perigosa, o avançado conseguiu roubar a bola ao adversário e finalizou com um remate para o primeiro poste que acabou por entrar devido a uma intervenção incompleta do guarda-redes. Estava feito o tão esperado 0-1! A resposta poderia ter sido imediata, depois de uma arrancada pela linha direita, Cristóvão ultrapassou o defesa adversário e cruzou muito tenso para o segundo poste onde estava David que esteve muito perto de finalizar e poderia tê-lo feito se não fosse Rodas, com uma intervenção fenomenal e Ricardo Amaral a conseguir afastar o perigo mesmo no limite. Os homens da casa estavam a tentar a sua sorte com remates a longa distância, mas a defesa do Jupiter estava a conseguir segurar a vantagem com muita qualidade, sempre a dar o corpo às balas no momento importante. Já na reta final, Martim Carvalho tentou a sua sorte com um remate em cima da marca do meio-campo, mas a bola passou ainda alguns centímetros acima da baliza. No último lance do jogo, os visitantes conseguiram selar a vantagem com um golo de contra-ataque, depois de uma condução rápida de Caetano, o avançado tocou para Martim Carvalho que não vacilou e finalizou com um remate muito forte, rasteiro ao primeiro poste. Estava feito o 0-2, mesmo quando soou o apito final! Com esta vitória, o Jupiter fica bem posicionado para atacar o primeiro lugar e a Divisão Allstars fica cada vez mais equilibrada.
por Miguel Barrosa